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| Esta crítica foi promovida por Fawn Brodie, que sugeriu que Joseph Smith desenvolveu a teologia descrita no Livro de Abraão lendo ''The Philosophy of a Future State'', de Thomas Dick. Um trecho da obra de Dick foi publicado por Oliver Cowdery em''Latter Day Saints’ Messenger and Advocate'' em Dezembro de 1836,<ref>{{MAfairwiki | author=Oliver Cowdery (editor) | article=ON THE ABSURDITY OF SUPPOSING THAT THE THINKING PRINCIPLE IN MAN WILL EVER BE ANNIHILATED |vol=3|num=3|date=December 1836|start=423|end=425 }} (An extract from "Thomas Dick's Philosophy of a Future State.") It should be noted that the November 1836 date given for this article given by Brodie in ''No Man Knows My History'' on page 171 is incorrect.</ref> portanto, poderia supor que Joseph teve acesso ao livro no período de 1835-1836, durante o qual o Livro de Abraão estava sendo produzido. O livro de Dick também estava na posse do Profeta em 1844, momento em que ele doou seu exemplar à Biblioteca e Instituto de Literatura de Nauvoo. <ref>Kenneth W. Godfrey, "A Note on the Nauvoo Library and Literary Institute," ''BYU Studies'' 14, no. 3 (1974) {{link|url=http://byustudies.byu.edu/PDFLibrary/14.3Godfrey.pdf}}</ref>
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| Sabe-se também que dois dos livros de Dick estavam disponíveis na Biblioteca de Manchester, <ref>{{BYUS | author=Robert Paul| article=Joseph Smith and the Manchester (New York) Library|vol=22|num=3|date=1982|start=333|end=356}} </ref> Embora ninguém da família Smith fosse na verdade membro da biblioteca, era improvável que tenham tido acesso a seus recursos.<ref>John Brooke, ''The Refiner's Fire'' (Cambridge University Press, 1994), p. 207.</ref> Com base nesta evidência circunstancial, Brodie não só assume que o Profeta deve ter lido o livro, mas que ele incorporou idéias de Dick ao Livro de Abraão.
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| Thomas Dick era um ministro religioso nascido na Escócia, escritor, astrônomo e filósofo, cujas obras publicadas no início de 1800 tentavam conciliar a ciência com o cristianismo. Dick acreditava que "a mente e a matéria" eram os dois princípios básicos do universo.<ref>Edward T. Jones, [http://contentdm.lib.byu.edu/cdm4/document.php?CISOROOT=/MTGM&CISOPTR=40776 ''The Theology of Thomas Dick and its Possible Relationship to that of Joseph Smith''], Master's Thesis, 1969, p. 27.</ref> Dick acreditava que Deus era "uma substância espiritual não composta, não tendo nenhuma forma visível".<ref>Thomas Dick, ''The Philosophy of a Future State'' (New York: R. Shoyer, 1831) p. 188.</ref> O motivo da existência da matéria é permitir que a mente seja capaz de se concentrar em Deus através da observância de suas criações.
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| De acordo com Dick:
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| :Pois o Criador ordenou, como uma parte de seus prazeres mentais, que serão equipados com os meios de detecção do método de suas operações, e os desígnios que se pretendem realizar nos diferentes campos da natureza.<ref>Dick, p. 212.</ref>
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| A seguir, uma comparação e contraste de vários dos conceitos teológicos de ambos, Joseph Smith e Thomas Dick.
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| |Criação
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| ||Nada alem daquela Eterna Mente que conta o número das estrelas, '''da qual os chamou a partir do nada''' à existência, e organizou-lhes nas respectivas estaçõe...<ref>Dick, p. 192.</ref>
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| || Agora, peço a todos que me ouvem, '''por que os homens aprenderam que estão pregando a salvação, dizem que Deus criou os céus e a terra do nada?''' A razão é que eles são inscientes nas coisas de Deus... <ref>Joseph Fielding Smith, ''Teachings of the Prophet Joseph Smith'' (Salt Lake City: Deseret Book, 1977) p. 350.</ref>
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| |Inteligências
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| || O Criador não tem '''nenhuma necessidade de inúmeros conjuntos de mundos e de fileiras inferiores de inteligências, a fim de garantir ou ampliar a sua felicidade'''. Inúmeras eras antes do universo ser criado, ele existia sozinho, independente de qualquer outro ser, e infinitamente feliz na contemplação de suas próprias excelências eternas.<ref>Dick, p. 52.</ref>
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| || Eu habito no meio de todos eles; agora, portanto, desci até ti para anunciar-te as obras de minhas mãos, pelas quais minha sabedoria supera todos eles, pois reino nos céus acima e na Terra abaixo, com toda a sabedoria e prudência, sobre todas as inteligências que teus olhos viram desde o princípio; '''desci, no princípio, no meio de todas as inteligências que viste'''.
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| Ora, o Senhor mostrara a mim, Abraão, as inteligências que foram organizadas antes de o mundo existir; e entre todas essas havia muitas das nobres e grandes; ({{scripture||Abraham|3|21-22}})
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| |Natureza de Deus
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| ||uma substância espiritual não composta, '''não tendo nenhuma forma visível'''<ref>Dick, p. 188.</ref>
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| |Habilidade para compreender Deus
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| ||Mas a eternidade, a onipresença e onisciência da divindade, são igualmente misteriosas; pois eles são igualmente incompreensíveis, e '''devem permanecer para sempre incompreensíveis''' para todas as inteligências limitadas.<ref>Dick, p. 183.</ref>
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| || É o primeiro princípio do evangelho '''conhecer com certeza o caráter de Deus''', e saber que podemos conversar com ele como um homem conversa com outro, e que ele já foi um homem como nós; sim, que o próprio Deus, o Pai de todos nós, habitou em uma terra.<ref>Smith, p. 345.</ref>
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| [[en:Book of Abraham/Plagiarism accusations/Thomas Dick]] | | [[en:Book of Abraham/Plagiarism accusations/Thomas Dick]] |
| [[es:El Libro de Abraham/Acusaciones de plagio/Thomas Dick]] | | [[es:El Libro de Abraham/Acusaciones de plagio/Thomas Dick]] |
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Índice
Pergunta: Poderia a teologia de Joseph Smith como descrita no Livro de Abraão ter sido influenciada pelo livro de Thomas Dick, "The Philosophy of a Future State"?
Esta crítica foi promovida por Fawn Brodie, que sugeriu que Joseph Smith desenvolveu a teologia descrita no Livro de Abraão lendo The Philosophy of a Future State
Esta crítica foi promovida por Fawn Brodie, que sugeriu que Joseph Smith desenvolveu a teologia descrita no Livro de Abraão lendo The Philosophy of a Future State, de Thomas Dick. Um trecho da obra de Dick foi publicado por Oliver Cowdery emLatter Day Saints’ Messenger and Advocate em Dezembro de 1836,[1] portanto, poderia supor que Joseph teve acesso ao livro no período de 1835-1836, durante o qual o Livro de Abraão estava sendo produzido. O livro de Dick também estava na posse do Profeta em 1844, momento em que ele doou seu exemplar à Biblioteca e Instituto de Literatura de Nauvoo. [2]
Sabe-se também que dois dos livros de Dick estavam disponíveis na Biblioteca de Manchester, [3] Embora ninguém da família Smith fosse na verdade membro da biblioteca, era improvável que tenham tido acesso a seus recursos.[4] Com base nesta evidência circunstancial, Brodie não só assume que o Profeta deve ter lido o livro, mas que ele incorporou idéias de Dick ao Livro de Abraão.
Muitas ideias promovidas por Thomas Dick eram crenças protestantes comuns e, portanto, disponíveis sem ter que ler a obra de Dick
Muitas ideias promovidas por Thomas Dick eram crenças protestantes comuns e, portanto, disponíveis sem ter que ler a obra de Dick. Joseph Smith nunca fez quaisquer declarações públicas ou por escrito, indicando que ele estava ciente ou que ele já tinha lido o livro de Dick. A única evidência que sugere mesmo a possibilidade é circunstancial e baseia-se no aparecimento de várias passagens de A Philosophy of a Future State em Latter Day Saints’ Messenger and Advocate. Mais importante, Joseph Smith rejeitou ou desmentiu muitas idéias apresentadas por Dick em A Philosophy of a Future State. Portanto, é improvável, contrário à especulação de Brodie, que Joseph havia "recentemente lido" o trabalho de Dick e que causou uma "impressão duradoura" sobre o Profeta.[5][6]
Pergunta: Como os conceitos teológicos de Joseph Smith se relacionam com os de Thomas Dick?
Uma comparação e contraste de vários dos conceitos teológicos de ambos, Joseph Smith e Thomas Dick
Thomas Dick era um ministro religioso nascido na Escócia, escritor, astrônomo e filósofo, cujas obras publicadas no início de 1800 tentavam conciliar a ciência com o cristianismo. Dick acreditava que "a mente e a matéria" eram os dois princípios básicos do universo.[7] Dick acreditava que Deus era "uma substância espiritual não composta, não tendo nenhuma forma visível".[8] O motivo da existência da matéria é permitir que a mente seja capaz de se concentrar em Deus através da observância de suas criações.
De acordo com Dick:
Pois o Criador ordenou, como uma parte de seus prazeres mentais, que serão equipados com os meios de detecção do método de suas operações, e os desígnios que se pretendem realizar nos diferentes campos da natureza.[9]
A seguir, uma comparação e contraste de vários dos conceitos teológicos de ambos, Joseph Smith e Thomas Dick.
Conceito
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Thomas Dick
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Joseph Smith
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Criação
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Nada alem daquela Eterna Mente que conta o número das estrelas, da qual os chamou a partir do nada à existência, e organizou-lhes nas respectivas estaçõe...[10]
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Agora, peço a todos que me ouvem, por que os homens aprenderam que estão pregando a salvação, dizem que Deus criou os céus e a terra do nada? A razão é que eles são inscientes nas coisas de Deus... [11]
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Inteligências
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O Criador não tem nenhuma necessidade de inúmeros conjuntos de mundos e de fileiras inferiores de inteligências, a fim de garantir ou ampliar a sua felicidade. Inúmeras eras antes do universo ser criado, ele existia sozinho, independente de qualquer outro ser, e infinitamente feliz na contemplação de suas próprias excelências eternas.[12]
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Eu habito no meio de todos eles; agora, portanto, desci até ti para anunciar-te as obras de minhas mãos, pelas quais minha sabedoria supera todos eles, pois reino nos céus acima e na Terra abaixo, com toda a sabedoria e prudência, sobre todas as inteligências que teus olhos viram desde o princípio; desci, no princípio, no meio de todas as inteligências que viste.
Ora, o Senhor mostrara a mim, Abraão, as inteligências que foram organizadas antes de o mundo existir; e entre todas essas havia muitas das nobres e grandes; (Abra. 3:21-22)
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Natureza de Deus
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uma substância espiritual não composta, não tendo nenhuma forma visível[13]
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O próprio Deus já foi como somos agora, e é um homem exaltado, entronizado em céus distantes![14]
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Habilidade para compreender Deus
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Mas a eternidade, a onipresença e onisciência da divindade, são igualmente misteriosas; pois eles são igualmente incompreensíveis, e devem permanecer para sempre incompreensíveis para todas as inteligências limitadas.[15]
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É o primeiro princípio do evangelho conhecer com certeza o caráter de Deus, e saber que podemos conversar com ele como um homem conversa com outro, e que ele já foi um homem como nós; sim, que o próprio Deus, o Pai de todos nós, habitou em uma terra.[16]
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Notas
- ↑ Oliver Cowdery (editor), "ON THE ABSURDITY OF SUPPOSING THAT THE THINKING PRINCIPLE IN MAN WILL EVER BE ANNIHILATED," (December 1836) Latter Day Saints' Messenger and Advocate 3:423-425. (An extract from "Thomas Dick's Philosophy of a Future State.") It should be noted that the November 1836 date given for this article given by Brodie in No Man Knows My History on page 171 is incorrect.
- ↑ Kenneth W. Godfrey, "A Note on the Nauvoo Library and Literary Institute," BYU Studies 14, no. 3 (1974) off-site
- ↑ Robert Paul, "Joseph Smith and the Manchester (New York) Library," Brigham Young University Studies 22 no. 3 (1982), 333–356.
- ↑ John Brooke, The Refiner's Fire (Cambridge University Press, 1994), p. 207.
- ↑ Hugh Nibley, No, Ma'am, That's Not History: A Brief Review of Mrs. Brodie's Reluctant Vindication of a Prophet She Seeks to Expose (Bookcraft: 1946). off-site
- ↑ Jones, pp. 94-6.
- ↑ Edward T. Jones, The Theology of Thomas Dick and its Possible Relationship to that of Joseph Smith, Master's Thesis, 1969, p. 27.
- ↑ Thomas Dick, The Philosophy of a Future State (New York: R. Shoyer, 1831) p. 188.
- ↑ Dick, p. 212.
- ↑ Dick, p. 192.
- ↑ Joseph Fielding Smith, Teachings of the Prophet Joseph Smith (Salt Lake City: Deseret Book, 1977) p. 350.
- ↑ Dick, p. 52.
- ↑ Dick, p. 188.
- ↑ Smith, p. 345.
- ↑ Dick, p. 183.
- ↑ Smith, p. 345.